sexta-feira, 1 de julho de 2011

Do tamanho do Mundo


      

      Eu estava perambulando pela rua quando resolvi entrar em um café qualquer para comer alguma coisa e seguir com minha leitura e, quem sabe, tomar um café expresso. Achei um café no cruzamento das principais avenidas do Centro. Entrei. Sentei-me a sudoeste daquele estabelecimento, numa mesa para duas pessoas. Pedi um croissant de queijo e um café médio para acompanha.
      Observando a rua, não pude deixar de ver uma Banca de Jornal que ficava bem enfrente ao Café. Era sem duvidas uma banca completa: Livros, Revistas, CDs, DVDs, Doces, Cigarros e, é claro, Jornal. Diversos!
      Voltando o pensamento à mesa, pus-me a observar o ambiente a qual eu estava. Era um estabelecimento bem aconchegante: tinha um balcão enorme, mesas espalhadas pelo salão, garçonetes belíssimas, havia uns discos de vinil expostos na parede que davam idéia de um ambiente retrógrado.
      O senhor que dirigia a caixa registradora era barbudo, vestia uma camisa dos Ramones (I like Ramones!). Reparei um pôster do Joe Ramone pendurado nos fundos, que supus que fosse a cozinha. Uma garçonete de pele marmórea trouxe, com gentileza, minha aquisição.
      Voltando a minha singularidade comecei a comer e beber meu café. Puxei o livro que estava sobre minhas pernas e prossegui de onde tinha parado. Minutos depois fechei o livro, não estava concentrado o suficiente para prestar à devida atenção as paginas restantes daquele complexo livro. Voltei a observar o movimento da curiosa Banca de Jornal. O que me despertava a atenção eram os clientes diversificados (e com repugnância me perguntei se uma banca de jornal teria um perfil único de clientes). De repente um homem parou para comprar cigarros, falava ao telefone e olhava ensandecido o relógio, acendeu um cigarro com as mãos tremulas e foi se perdendo na multidão. Uma mulher gorda e bem vestida observava algumas revistas que estavam expostas – prometiam dietas milagrosas.  Assim passava à tarde, pessoas de todas as classes, gêneros, tamanhos, cor etc. Voltando à mesa, paguei a minha conta, peguei meus pertences e sai com a certeza de que Banca de Jornal é uma representação do que é o mundo.

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