sexta-feira, 19 de agosto de 2011

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Quanto tempo não paro para escrever. Tantas coisas para contar, não sei por onde começar: Vida, Novos planos, Alma, Amor/Paixão. Não sei, só não quero transformar isto aqui em um diário, não quero ter isto como meu divã. Começo pela Vida...

 Ultimamente tenho me preocupado bastante com a existência, tenho lido coisas referentes a isso. Eu queria um propósito maior: até me falaram sobre um tal deus, mas não quero me prender a princípios que minha razão questiona. Vivo e faço da vida uma obra de arte: Cores, Movimento, Planos, Sons, Subjetividade. O espetáculo é só meu, autocriação, autoria singular de uma vida múltipla. Existo!

Planos são diversos, porém prefiro o Geral/Conjunto, desta forma vejo os mais simples detalhes, esses que não damos o devido valor, que deixamos sempre para depois. Tenho estudado bastante, embora eu não saiba qual é a medida do “bastante”... Vou seguindo em busca de sonhos/desejos. Não sei o que verdadeiramente sou, só sei do que não gosto. Sigo os planos com referencias explicitas.

Minha Alma? – está limpa, leve. Lavei-a ontem à noite. Estou revigorado.

Amor?  “Bate outra vez com esperanças o meu coração”... 


                                                                                 (...)

terça-feira, 5 de julho de 2011

Pelo Lavradio


   
   Quando conto há quem olhe desdenhosamente, me julgando de faltar com a verdade. Porém meus amigos, o Rio de Janeiro é sim a morada do mundo. Por aqui já vi Japonês fazer samba com guitarra amplificada e pedal de efeito; gringo jogando bola com a mão e falando enrolado me fazendo rir; vi holandês fotografando coisas feias e chamando de arte – por aqui arte é bonita e faz chorar de alegria nos versos dos boêmios das esquinas. É Rock com Samba, Forro com Soul e um tal de Funk com batidas de Tângo, este que vem lá das bandas dos vizinhos de cor de burro quando foge ( e desde quando burro muda de cor?), só por aqui mesmo! Cheguei no samba e vi uma loura sambando e chamando a atenção. Carnaval já não é como antes: carnaval é sambado e cantado nos “ingRês”, num é “meRmo”? – apesar dos pesares o Rio continua sendo...

sexta-feira, 1 de julho de 2011

Do tamanho do Mundo


      

      Eu estava perambulando pela rua quando resolvi entrar em um café qualquer para comer alguma coisa e seguir com minha leitura e, quem sabe, tomar um café expresso. Achei um café no cruzamento das principais avenidas do Centro. Entrei. Sentei-me a sudoeste daquele estabelecimento, numa mesa para duas pessoas. Pedi um croissant de queijo e um café médio para acompanha.
      Observando a rua, não pude deixar de ver uma Banca de Jornal que ficava bem enfrente ao Café. Era sem duvidas uma banca completa: Livros, Revistas, CDs, DVDs, Doces, Cigarros e, é claro, Jornal. Diversos!
      Voltando o pensamento à mesa, pus-me a observar o ambiente a qual eu estava. Era um estabelecimento bem aconchegante: tinha um balcão enorme, mesas espalhadas pelo salão, garçonetes belíssimas, havia uns discos de vinil expostos na parede que davam idéia de um ambiente retrógrado.
      O senhor que dirigia a caixa registradora era barbudo, vestia uma camisa dos Ramones (I like Ramones!). Reparei um pôster do Joe Ramone pendurado nos fundos, que supus que fosse a cozinha. Uma garçonete de pele marmórea trouxe, com gentileza, minha aquisição.
      Voltando a minha singularidade comecei a comer e beber meu café. Puxei o livro que estava sobre minhas pernas e prossegui de onde tinha parado. Minutos depois fechei o livro, não estava concentrado o suficiente para prestar à devida atenção as paginas restantes daquele complexo livro. Voltei a observar o movimento da curiosa Banca de Jornal. O que me despertava a atenção eram os clientes diversificados (e com repugnância me perguntei se uma banca de jornal teria um perfil único de clientes). De repente um homem parou para comprar cigarros, falava ao telefone e olhava ensandecido o relógio, acendeu um cigarro com as mãos tremulas e foi se perdendo na multidão. Uma mulher gorda e bem vestida observava algumas revistas que estavam expostas – prometiam dietas milagrosas.  Assim passava à tarde, pessoas de todas as classes, gêneros, tamanhos, cor etc. Voltando à mesa, paguei a minha conta, peguei meus pertences e sai com a certeza de que Banca de Jornal é uma representação do que é o mundo.

quinta-feira, 30 de junho de 2011

Palavra Bilabial


Eu estava em casa revirando coisas antigas, coisa que o tempo corroia. Foi quando, de súbito, achei apontamentos de outrora. Coisas tão simples, tão bobas, dessas coisas que criança escreve: Te amo... Forever... a musica mais bonita. Assinados por você. Tinha livros sobre os jornais que jaziam na mesa. Pude ver que o tempo realmente tinha passado e deixou saudade. Aquelas reclamações... Ah, que gosto é esse de vontade da minha terra?
O telefone tocou, mas não era você

                                                                                                       Mãe

terça-feira, 28 de junho de 2011

Quanto tempo...?


Cheguei...



                                                                                ...Pedi licença...



...  Entrei...
                            


                                                              ... Com saudade eu entrei...

                                                  
                                                                                ... Consegui  ver-te sentada chorando...


                
    
  ... Sorri pra você...
                                                                                     


       
                                                                                             ... Você ... 
     

                                       ...sorriu pra mim...


                          
... Fui embora.

                                                                                                       
                                                                                                            Levo-te no sangue.

segunda-feira, 27 de junho de 2011

Paradoxo

    Era noite de um dia qualquer. As nuvens escondiam a escuridão celeste. Ventava, o vento levava e trazia lamentações de uma vida simples. Na mesa ao lado jovens riam de assuntos aleatórios e amavam uns aos outros desprendidos de formas ou dogmas. Eram irmãos, filhos, amigos, era espírito e matéria em busca do bem maior: o Amor. O violão dizia que somos tão jovens...
    A fumaça do meu cigarro levava minha vida e eu jogava palavras sem fundamentos ao vento, via em cada instante uma vontade de sorrir e percebia que a vida realmente poderia ser bela. Vida: labirinto de caminhos incertos e futuro indestinado.
    As regras eram livres como a imaginação: não existia certo ou errado, existia querer e o não querer. A cada esquina uma surpresa, por isso, apaguem os cigarros do destino e beba da fonte dos felizes para sempre.
    Crie Você... Veja o Eu... - ouse ser!